KindS of Blue...: junho 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Só queria mesmo
era saber o seu nome
para proclamá-lo
em meus mantras,
cantá-lo como coisa e canção
na manhã para o mar
e para ter a certeza de
que, no dia em que te
encontrar,
(somente por este
meu motivo)
não ficarei
completamente
mudo.
Forço o mel que volve
à terra -
certo errante é meu
pulsar:
em quadros de luz,
aurora sonata
que tento esboçar.
Um mercador das estrelas
tentou me vender
teus olhos - falsos
em mãos dele.
Repeti o conclave para
a próxima fruta a
deixar-te saborear:
tua fruta é meu
perdão, minha sina de,
eternamente,
impôr-me o verbo
"buscar".
terça-feira, 9 de junho de 2009
Crítica
É irrelevante se
apontamos o lápis
ou pressionamos o botão
que carrega a lapiseira.
Só espero que,
algum dia,
todos os escritores
do mundo
tenham a decência
(e eu sei lá,
que esse mundo é maluco mesmo)
de apontar a lapiseira.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Versos de combustão espontânea
Apenas do espanto
frequento as casas
de sua não-loucura.
---
Correntes girando, girando
acima dos céus
domam o domo do mundo
num teatro estelar
de falsas escolas.
---
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Lady Lust
Where are you going now, lady lust?
Maybe to taste from the boys what you must...?
terça-feira, 2 de junho de 2009
Pintura íntima
Os privilegiados de um amor só
jamais terão noção do que é
ter vivido várias histórias.
Porque o passado é um tesouro
coberto de farpas, como um fruto
saboroso - mas protegido.
Cada mancha de amor findado
- colorida, sépia ou em preto e branco -
embeleza ainda mais
a pintura dos meus dias.
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