vem numa calmaria
que abraça a chuva
e escreve nos lábios separados
o que não devia ter acabado.
sim, ele sempre chega
nessas horas do frio
querendo arrancar das mãos
o que não pode ser (d)escrito.
como a música de cordas, que
cala e caleja - um bar, piano e esquina -
ardendo e ferindo o invisível
e indizível 'estar'
da memória - esse bicho estranho.
alusão do desejo
ao olvido.
melhor é dormir.
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