KindS of Blue...: Fogo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Fogo

Passei os últimos dias contemplando um certo torpor interno. Uma fragilidade anacrônica, não sei se vinda de minhas inseguranças normais de pessoa "normal"... Tento ler e escrever pra decifrar, a esfinge que mora na minha cabeça mas que se revela na minha pele, nos meus gestos retraídos e confusos.

Tudo é incerto, nada escapa. E a vida ao meu redor, mutável, dinâmica, continua. Sou jovem, mas meu corpo está cansado, pede movimento! Precisa respirar por completo, mergulhar sem medo em novas searas, cair levemente em um campo florido e somente olhar para o céu e ter a certeza de uma só coisa: o infinito.
O que costumava em mim ser brasa hoje é somente um brado (nada retumbante) pedindo clemência corpórea ao que não sei mais expressar: a mim mesmo.
Nem minha guitarra fala mais como deveria... Devo desvendá-la novamente, pegá-la com força, tesão e amor, ainda na esperança de um dia arrancar-lhe melodias que venham de mim e toquem os outros.



Quero voltar a mim, reacender meu Fogo de sagitariano rebelde!
Quero conversar de novo com minha valentia, meu senso de liberdade - ah, sonhada liberdade - e abrir os ouvidos pra sons que possam caminhar até a lenta morada do coração.
Sair de uma vida de asfalto podre, de mediocridades... quero voltar a cair sem pressa no sono contando as estrelas.
Voltar a sentir o cheiro da sensualidade das pessoas, de me interessar e conversar - minha boca se veda, busca assunto. Estarei eu me encasulando/enclausurando?

Adrenalina! Pulso! Gozo! Grito! Ações que me faltam e costuram meu devir de aventureiro.


Preciso de um banho. De vitalidade!

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