segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Sobre a folha
Para escrever, sê, antes
apaixonado por cada partícula
de luz, sede, suor e medo
que te faz esmerilar da vida um tenro segredo.
Faz do cotidiano, na pena
e na folha, teu filão
e de teus olhos eremitas
faróis dos outros, coração.
Que a folha seja teu deserto,
teu mar e teu espaço sideral
onde antes de te perder
encontre numa ideia teu graal.
Confisca, abraça e prende
a folha como se fizesse ela
parte de tuas próprias vestes.
Mas não te esquece,
infante trovador:
de abraçar também
este velho e cerúleo mundo -
lar cósmico do teu eterno labor!
Postado por
Sérgio Costa
às
20:06
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