Será natural
achar o que se perdeu?
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Muda de pele
Eu tô trocando tudo, fazendo a faxina,
limpeza geral na armadura do corpo e na usina da mente.
Nessa muda de pele, eu jogo fora as células velhas
com um esfregão de braço a braço;
Eu jogo fora as velhas cartas,
as antigas funções, os manjados
bordões, os caducos jargões;
os conceitos pueris dentro de cadernos empoeirados
da adolescência que hoje já têm suas respostas
preenchidas na atualidade do meu coração.
Eu hoje quero mudar, expurgar tudo!
O que for atraso, escárnio,
estagnação do caminho com pedras
vai ser removido
com um batalhão de escavadeiras
pintadas com um grande "M".
Eu agora faço minhas preces com um incenso
e energizo os cantos deste quarto:
meus bons livros, cd's e uma plantinha -
vejam só! ela já dá novas flores...
Mas também quero renovar a sede eterna:
completar as novas perguntas,
as questões de uma nova era.
Jamais confundindo movimento com ação -
mas sabendo que este é o princípio de toda compreensão!
Agora e sempre,
este é meu lema a todo momento:
"Cinzas ao mar,
velas ao vento!"
limpeza geral na armadura do corpo e na usina da mente.
Nessa muda de pele, eu jogo fora as células velhas
com um esfregão de braço a braço;
Eu jogo fora as velhas cartas,
as antigas funções, os manjados
bordões, os caducos jargões;
os conceitos pueris dentro de cadernos empoeirados
da adolescência que hoje já têm suas respostas
preenchidas na atualidade do meu coração.
Eu hoje quero mudar, expurgar tudo!
O que for atraso, escárnio,
estagnação do caminho com pedras
vai ser removido
com um batalhão de escavadeiras
pintadas com um grande "M".
Eu agora faço minhas preces com um incenso
e energizo os cantos deste quarto:
meus bons livros, cd's e uma plantinha -
vejam só! ela já dá novas flores...
Mas também quero renovar a sede eterna:
completar as novas perguntas,
as questões de uma nova era.
Jamais confundindo movimento com ação -
mas sabendo que este é o princípio de toda compreensão!
Agora e sempre,
este é meu lema a todo momento:
"Cinzas ao mar,
velas ao vento!"
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Sérgio Costa
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21:51
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Mostra
Daquela janela, eu não queria ver. Mas, de súbito, ao primeiro sinal do apartamento vazio... ela surge. Eu me transformo num pervertido, porque ela insinua a si mesma, no corpo de uma adolescente, as nuances sensuais de uma mulher.
Ela cavalga um travesseiro - ou seria a própria cama como um todo masculino? - enquanto eu observo, atônito pela primeira vez. Meses se passaram e contemplo o gesto de surpresa, novamente. Deve ser a camisola da mãe que ela veste, pois é maior que suas medidas.
De rosa, ela acaricia sua rosa secretamente onde se apóia... o travesseiro é mesmo um todo masculino e recebe o úmido rubor de sua rosa, esfrega, finge que toca, sem as mãos... aquece, entumesce - bem rosadinha, que me faz imaginar a mulher que ali já quer nascer.
Mostra. Mostra pra mim, menininha...
Ela cavalga um travesseiro - ou seria a própria cama como um todo masculino? - enquanto eu observo, atônito pela primeira vez. Meses se passaram e contemplo o gesto de surpresa, novamente. Deve ser a camisola da mãe que ela veste, pois é maior que suas medidas.
De rosa, ela acaricia sua rosa secretamente onde se apóia... o travesseiro é mesmo um todo masculino e recebe o úmido rubor de sua rosa, esfrega, finge que toca, sem as mãos... aquece, entumesce - bem rosadinha, que me faz imaginar a mulher que ali já quer nascer.
Mostra. Mostra pra mim, menininha...
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Sérgio Costa
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16:57
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Portais
Em todas as manhãs
o mesmo sol
joga pela terra as chaves
dos pórticos da mente.
Que seus fúlgidos raios
para sempre rasguem
o firmamento,
como na boa aurora após o vendaval.
Iluminem, ao mesmo tempo,
os recantos da alma
para que guardemos as chaves
do futuro.
o mesmo sol
joga pela terra as chaves
dos pórticos da mente.
Que seus fúlgidos raios
para sempre rasguem
o firmamento,
como na boa aurora após o vendaval.
Iluminem, ao mesmo tempo,
os recantos da alma
para que guardemos as chaves
do futuro.
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Sérgio Costa
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domingo, 17 de agosto de 2008
Esconde
Esconde. Esconde de mim, menininha...
esconde bem debaixo da tua calcinha
- de tecido perfumada, em estrelas coloridas -
teu desejo aprisionado e fantasias reprimidas.
Esconde, esconde pra mim, minha linda,
toda essa hipocrisia que colocam na berlinda;
mas o prêmio é só teu, nem eu posso te dar
o prazer que, entre suas pernas, sozinha vais achar.
Hoje és mulher, ontem foste debutante -
vês como a doce infância passa num instante?
Agora, teu mundo é em direção ao outro,
teu futuro companheiro, a tocar-lhe o íntimo tesouro.
Mas antes disso, vais ter de descobrir,
tudo o que te faz doer e o que teu corpo quer pedir;
toque, cheire e prove sem medo o aljôfar da vida
para que assim, no momento a dois, saibas ser conduzida.
E ainda antes na tua solidão, livre da sociedade
é que vais saciar tua curiosa vontade:
inocentes e nervosas, tuas mãos no úmido vale
para que, contemplativo, de gemidos teu corpo fale.
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Sérgio Costa
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Num carro, perto da faculdade
O que diabos ela estava fazendo ali?
Sentada comigo, no carro, mal conversando como velhos amigos. Eram próximas as salas da faculdade e o bar, mas estávamos ali: sentados, lado a lado dentro do carro, sem música ligada em bom volume, sem assuntos pendentes.
Só ali. Como velhos amigos. E eu dizia Tenho que ir, ao que ela não respondia de nenhuma maneira; só ali ficava, com vontade de sorrir, mas numa tristeza estranha como a de um mau dia que não passou.
O que eu vou pensar?, eu pensava... e o único questionamento que seus olhos me faziam era Quem é você? - ela me conhecia, de longe... Mas não eu a ela.
Num momento, porém, esboçou um sorriso e não quis a porta abrir.
Por quê diabos sonhei com ela?
Sentada comigo, no carro, mal conversando como velhos amigos. Eram próximas as salas da faculdade e o bar, mas estávamos ali: sentados, lado a lado dentro do carro, sem música ligada em bom volume, sem assuntos pendentes.
Só ali. Como velhos amigos. E eu dizia Tenho que ir, ao que ela não respondia de nenhuma maneira; só ali ficava, com vontade de sorrir, mas numa tristeza estranha como a de um mau dia que não passou.
O que eu vou pensar?, eu pensava... e o único questionamento que seus olhos me faziam era Quem é você? - ela me conhecia, de longe... Mas não eu a ela.
Num momento, porém, esboçou um sorriso e não quis a porta abrir.
Por quê diabos sonhei com ela?
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Sérgio Costa
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sábado, 16 de agosto de 2008
Ferramentas de (des)uso
As armas que estão dentro de mim
são para rabiscar o lento giro do mundo.
Minhas mãos são o lápis
e meu horizonte, o próprio estojo
de onde saco a vontade de pintar.
Quero cantar o mundo multicromático
das flores, dos métodos e anseios de ontem
e que se unem no desperdício de hoje:
como escrever com tantas idéias sem fluxo?
A fome que empurra é compelida pela mente que impõe
que se deve:
Parir, compor, organizar e classificar
Submeter à crítica, reescrever,
padrão, estética,
movimento, conclusão,
inten(s)ção,
informação,
viagem, lúdico suspiro...
Sistêmica
escala
formato
projeto...
Sorte mesmo tinham os trovadores!
são para rabiscar o lento giro do mundo.
Minhas mãos são o lápis
e meu horizonte, o próprio estojo
de onde saco a vontade de pintar.
Quero cantar o mundo multicromático
das flores, dos métodos e anseios de ontem
e que se unem no desperdício de hoje:
como escrever com tantas idéias sem fluxo?
A fome que empurra é compelida pela mente que impõe
que se deve:
Parir, compor, organizar e classificar
Submeter à crítica, reescrever,
padrão, estética,
movimento, conclusão,
inten(s)ção,
informação,
viagem, lúdico suspiro...
Sistêmica
escala
formato
projeto...
Sorte mesmo tinham os trovadores!
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Sérgio Costa
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domingo, 10 de agosto de 2008
Cerejas
E te amei porque não convivemos.
E nesta ausência, me sustento.
Pois a saudade é o conservante
E nesta ausência, me sustento.
Pois a saudade é o conservante
do mais-que-perfeito.
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Sérgio Costa
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08:36
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