Daquela janela, eu não queria ver. Mas, de súbito, ao primeiro sinal do apartamento vazio... ela surge. Eu me transformo num pervertido, porque ela insinua a si mesma, no corpo de uma adolescente, as nuances sensuais de uma mulher.
Ela cavalga um travesseiro - ou seria a própria cama como um todo masculino? - enquanto eu observo, atônito pela primeira vez. Meses se passaram e contemplo o gesto de surpresa, novamente. Deve ser a camisola da mãe que ela veste, pois é maior que suas medidas.
De rosa, ela acaricia sua rosa secretamente onde se apóia... o travesseiro é mesmo um todo masculino e recebe o úmido rubor de sua rosa, esfrega, finge que toca, sem as mãos... aquece, entumesce - bem rosadinha, que me faz imaginar a mulher que ali já quer nascer.
Mostra. Mostra pra mim, menininha...
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